Autor: Manuel Raul Masseno

Capítulo 2-Viagem ás Berlengas



    Um dia depois das aulas, iam Luís e Manuel a para a urbana e junto deles estava uma estranha pessoa pálida, de cabelo verde, com grandes olheiras e que parecia não ter pupila. A urbana seguiu e a pessoa estranha estava sempre de cabeça a olhar para o chão. Parámos na próxima paragem e vieram a Alice e a Matilde.
 Quando o Luís e a Matilde saíram na paragem mais perto de casa deles, a pessoa estranha também saiu, e o Luís reparou num papelinho dobrado que caiu do bolso da pessoa. O Luís apanhou-o e desdobrou-o e viu que era um mapa das Berlengas.
 -Olha Matilde, um mapa das Berlengas-disse ele.
 -"Ber" quê?!-perguntou a Matilde.
 - Berlengas, uns ilhéus ao pé de Peniche, e parece que tem uma cruz no mar, com um cristal parecido ao que encontrámos na Serra da Estrela mas só que é azul-respondeu o Luís.
 -E então?-Perguntou a Matilde.
 -Então quer dizer que estamos à beira de descobrir um cristal novo! Depressa temos de ir avisar o Manuel e a Alice por skype*!-disse o Luís muito excitado.
 Quando chegaram a casa a primeira coisa que fizeram foi ligar o computador. Passados alguns minutos o Manuel e a Alice ficaram online.
 O Luís e a Matilde chamaram pelo skype, too, too, fazia o computador tal e qual como um telefone. O Manuel atendeu:
 -"Olá Luís e Matilde, alguma grande novidade?"
 -Sim e bem grande-disse a Matilde
 -Parece que encontrámos um mapa para o próximo cristal-continuou o Luís.
 -"Boa!"-Exclamou o Manuel “Encontramo-nos daqui a dez minutos no "Só café?", vocês mostram-nos lá".
  Passados dez minutos já estava toda a gente sentada nas cadeiras da esplanada.
 -Então mostrem-nos lá esse tal mapa-disse o Manuel
 O Luís estendeu um papelinho amarelado da velhice com a imagem de uns ilhéus.
 -Estou a ver, um mapa das Berlengas, nunca lá fui, mas o que é que tem?-Perguntou o Manuel.
 -És mesmo cegueta, não vês um cristal azul aqui na água com um X vermelho?-Perguntou/respondeu o Luís.
 -Não, o mar também é azul, só vi um X, mas agora que reparo tens razão-disse o Manuel. 
 -Mas como é que o descobriram?-Perguntou a Alice.
 -Aquele senhor estranho, quando saiu da urbana deixou-o cair do bolso e eu apanhei-o -disse o Luís.
 -E como é que vamos para as "Ber" não sei das quantas?-Perguntou a Matilde.
 -Eu e o Manuel temos uma visita de estudo às Berlengas amanhã que é sábado e a professora disse que cada um pode levar um amigo-disse o Luís.
 -É verdade já me esquecia-disse o Manuel-Então eu levo a minha irmã e tu a tua.
 -Então encontramo-nos amanhã na nossa escola às 06:00, ok?-Perguntou o Luís
 - Ok-responderam todos.
 Encontraram-se todos ás 06:00 em frente do portão da escola do Luís e do Manuel. Entraram no autocarro e partiram para Peniche.
 Chegaram às 10:30 da manhã de sábado e foram para um hotel em Peniche.
 Às 11:00 foram examinar melhor o mapa. Parecia que estava escrito: "Encontramo-nos às 15:00 na praia ao pé da cruz no mar no sábado".
 Calhava mesmo bem porque a professora tinha-lhes dado a tarde de sábado livre.
 Então foram à tal praia. Foi então que viram o tal homem estranho e umas lulas gigantes verdes com cabeça humana.
 -Devem ser os Possuidores, e o homem estranho deve estar possuído!- Exclamou a Alice.
 -Parem imediatamente!- Ordenou a Matilde apontando para eles.
E de repente um jato de neve saiu do dedo dela que mandou os Possuidores pelos ares, abriu um caminho na água até ao cristal e libertou o homem do transe.
 -O que é isto?-Perguntou a Matilde.
 -Deve ser a tal Energia C, e o cristal em que tu tocaste primeiro devia ser o cristal da neve e ele transmitiu-te o seu poder. Isso quer dizer que aquele cristal tem o poder da água, e eu vou tocar-lhe primeiro- disse o Manuel.
 -Não, vou eu-disse o Luís.
 -Tarde de mais rapazes-disse a Alice que tinha ouvido tudo e já lhe estava a tocar.
 -Bolas-disseram o Manuel e o Luís.
 Depois foram para o hotel porque já era tarde.
 No domingo foram visitar a cidade e voltaram na segunda de manhãzinha.
* Programa de video-chamadas